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Manhã de Oscar

  • Foto do escritor: Paula Pereira
    Paula Pereira
  • 24 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Auditório cheio. O filme já vai começar e estão todos atentos ao telão! Eu?! Eu estou ansiosa como um diretor de cinema na inauguração do filme. “Vão exibir minha obra!”- exclamo em pensamento. Mas não sei se assisto junto à plateia ou se apenas observo a reação das pessoas à minha volta!


De repente, estou de mãos dadas com minha equipe... Erica. E por meio de gestos, nossos dedos confortam a ansiedade que compartilhamos naquele momento. “Por quê tanta tensão?”, você deve estar se perguntando. Porque o filme é “nosso” e nós sabemos o que ele revela.

O filme foi feito com poucos recursos, mas seu valor não se mensura. A sinopse é inexistente, mas quem o assiste é capaz de identificar a história de uma vida real e, embora no elenco não existam atores conhecidos, os personagens são muito verdadeiros. Não, o “filme” não é usual. Ele é, literalmente, uma coletânea de mensagens carinhosas destinadas a uma pessoa especial que observa o telão a poucos assentos de distância de mim.


Ah! E não estamos no escurinho do cinema, por isso, da luz não escapa nenhuma lágrima que escorra sorrateiramente a face. Estamos no auditório de uma universidade e, em breve, exibirão o vídeo-homenagem que fizemos à nossa professora que vai se aposentar. Filme que promete muita emoção!


Estou de pernas cruzadas, suando frio e sem saber para onde olhar! Quero capturar tudo! Os olhares surpresos, as lágrimas de emoção e os sorrisos de alegria. Aperto as mãos da Érica e observo o telão. Depois fito a professora, antecipando sua reação... puxa, acho que nunca me senti tão nervosa por um vídeo que fiz...


Senti como se eu estivesse exibindo o filme mais importante que já fiz na vida. Foi prazeroso, extremamente prazeroso!

 
 
 

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