Oportunidade: a busca e o encontro em um workshop de fotografia

Ultimamente tenho pensado bastante na forma como aproveito meu tempo, minha vida. E embora eu admire muitas das minhas atividades em casa, geralmente lendo ou estudando alguma coisa, é comum que ao final do dia eu me pegue pensando se eu poderia ter vivido algo mais. Será que fiquei muito tempo na minha zona de conforto? Quais oportunidades deixei passar e que poderiam me trazer um novo aprendizado? Então, de umas semanas pra cá, na recente vida de mestra desempregada, venho dando mais atenção ao meu desenvolvimento pessoal e buscando oportunidades para me manter ativa, criando e aprendendo.

Veja bem, o verbo não é apenas “se abrir” para novas oportunidades; é “buscar”; porque não adianta nada você dizer que está aberta a novas oportunidades se não for atrás delas. A gente “busca” uma recolocação no mercado, a gente “busca” um novo emprego, a gente “busca” a felicidade. Ninguém, em sã razão, assume o controle da vida só esperando que algo aconteça.

Embalsamada nesse novo propósito, comecei a buscar por cursos ou eventos que fossem oferecidos na cidade. Gratuitos e de curta duração, de preferência. Lembrei-me então que a TV TEC de Jundiaí oferece diversos cursos e workshops voltados a áreas que acho muito interessantes, como foto, vídeo, rádio e redes sociais. Perfeito, não?

Comentei com uma amiga que eu estava pensando em fazer um desses cursos e ela também achou a ideia muito boa. Poucos dias mais tarde, lá estávamos nós, inscritas em um dos workshops oferecidos: fotografia urbana. Curso gratuito com seis horas de duração.

Fotografo desde pequena, desde quando a regra mais importante era “não fotografar o sol” para não queimar o rolo de filme inteiro. Papai dizia que eu não podia ficar olhando para o sol porque ia queimar minha vista. “Mas se câmera não tem olho que doa nem queime, por que ela não pode ser usada para registrar o que não consigo ver?”. E lá se foram, um ou outro rolo, de 12 ou 24 frames, totalmente queimados, tentando registrar o sol.

Os anos se passaram, as máquinas mudaram e muitas lições foram aprendidas sobre fotografia. Aprendi com meus pais, em conversas com amigos, por tentativa e erro e com vídeos na internet. Meu único contato formal com a fotografia foi durante o curso de jornalismo, mais de uma década atrás. Então, voltar à sala de aula para aprender sobre “fotografia urbana” era, pra mim, a oportunidade de aprender mais sobre algo que já me interessava.

O que aprendi no curso? Aprendi que “técnicas” a gente esquece se não põe em prática, que “fotografar em companhia” é menos assustador do que fotografar sozinha pelas ruas e que fotografar o urbano tem muito mais a ver com “saber esperar o momento” do que simplesmente sair borrifando cliques pela cidade. Ah, ter um propósito na hora de fotografar também ajuda… e muito!

(Abaixo segue o meu "ensaio" feito no último dia do workshop).

Além disso, o curso me proporcionou uma experiência que não tem a ver com fotografia, mas com o prazer de retornar à sala de aula com uma amiga de infância, neste caso, com minha amiga Violeta. Eu e Violeta nos conhecemos na época em que eu ainda fotografava o sol. Estudamos juntas alguns anos do ensino fundamental e temos fotografias (pra mim) quase vergonhosas de quando usávamos calça-big e camiseta Looney Tunes. Agora, já maduras e com roupas novas, é prazeroso vivenciar algo que eu pensei pertencer apenas ao passado.

Nossas vidas tomaram rumos e endereços diferentes: eu, na comunicação; ela, na engenharia; eu, ainda em Jundiaí, ela, no Canadá. E entre tantas idas e vindas, lá estávamos nós, numa mesma sala de aula, aprendendo mais sobre um dos nossos hobbies favoritos: fotografar. Foi muito legal!

Então, pensando no que aconteceu nessas 6 horas de curso, posso dizer que o resultado do meu “encontro” com esta oportunidade foi muito positivo e estou animada para as próximas oportunidades que buscarei!

#oportunidade #fotografia